A Desilusão Com o Papel das Associações de Classe da Polícia Militar do Estado de São Paulo no Cenário Político Paulista.
O sentimento de que essas entidades, apesar de representarem a categoria, não conseguem ou não se empenham em lutar pelos direitos no Legislativo e no Executivo, é um eco da frustração que muitos policiais militares, especialmente veteranos e pensionistas, têm vivenciado.
A Divisão de Papéis e a Desilusão.
A função das associações é exclusivamente social apontando para uma percepção de limitação e, por vezes, de omissão.
Historicamente, as associações de classe surgem com o propósito de unir e fortalecer os membros de uma categoria.
Elas promovem eventos, oferecem convênios e criam laços de solidariedade. Essa é a função social, e ela tem sua importância.
No entanto, a impressão sugerida é que essa função social tem se sobreposto à função política, que é a de lutar por direitos, por melhores condições e por um tratamento justo junto aos poderes constituídos.
Quando a categoria se sente abandonada pelo Estado, a expectativa de que as associações de classe sejam a principal voz de cobrança e de reivindicação se torna muito alta.
A decepção vem quando essa voz parece fraca ou inexistente.
A percepção de que a atuação se resume a eventos e benefícios sociais, enquanto as pautas mais urgentes, como reajustes salariais, reestruturação de carreira e garantia de direitos para veteranos e pensionistas, ficam em segundo plano, gera um sentimento de desamparo.
O Desafio da Representação e o Grito por Ação.
O cerne do problema, é que as associações de classe, ao focarem exclusivamente no social, falham em seu papel de advogadas da categoria.
Elas deveriam ser as pontes entre os policiais militares e os governantes, articulando, negociando e pressionando por melhorias.
A falta de resultados concretos, seja na aprovação de leis favoráveis ou na derrubada de projetos prejudiciais, alimenta a crença de que as associações estão alheias aos desafios políticos reais.
Esse é um grito de alerta. É um chamado para que a categoria reconheça a necessidade de uma representação mais combativa e eficaz.
A luta por direitos não pode se restringir a momentos de lazer ou a benefícios secundários; ela exige uma atuação contínua e estratégica nos gabinetes, nas comissões e nos plenários.
Em última análise, essa crítica é um reflexo de uma demanda legítima por uma mudança de paradigma na atuação das associações.
É um convite à reflexão sobre o que é esperado delas e o que, de fato, elas têm entregado.
O que a categoria busca é uma voz que ecoe com força e que, mais do que socializar, consiga transformar a realidade de injustiça em dignidade e reconhecimento.
Força e Honra Com Deus no Comando Sempre.
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