Quando se fala em censura na internet, a narrativa é quase sempre a mesma: a necessidade de combater as "notícias falsas", a desinformação que se espalha como um vírus e que, supostamente, ameaça a democracia e a ordem social. No entanto, por trás dessa cortina de fumaça, esconde-se uma motivação muito mais obscura e perigosa. Aqueles que defendem a censura na internet não estão preocupados com as notícias falsas. Estão preocupados com as verdadeiras.
O Verdadeiro Alvo da Censura: A Verdade Incômoda
A história nos mostra que a verdade é, muitas vezes, inconveniente. Governos, regimes e poderes estabelecidos sempre tiveram dificuldade em lidar com informações que expõem suas falhas, seus desmandos, suas corrupções e seus abusos. A internet, em sua essência descentralizada e de livre acesso, tornou-se um palco sem precedentes para a divulgação dessas verdades incômodas. Um vídeo, um áudio, um documento vazado, um testemunho de alguém que viveu uma determinada situação – tudo isso pode vir à tona e alcançar milhões de pessoas em questão de segundos.
É exatamente essa a verdade que incomoda. Não é o boato sobre uma celebridade ou a piada sem graça que se espalha nas redes sociais. É a denúncia bem fundamentada sobre desvio de verbas públicas, a evidência de violações de direitos humanos, a crítica fundamentada a políticas governamentais que prejudicam a população. São essas informações, que muitas vezes surgem de fontes independentes e de cidadãos comuns, que representam uma ameaça real para quem detém o poder e não quer ser questionado.
O Pretexto das "Notícias Falsas"
O conceito de "notícias falsas" é convenientemente maleável. O que é falso para uns pode ser a realidade para outros. E, no ambiente político, a linha entre a "opinião" e a "desinformação" é tênue e frequentemente manipulada. Usar o combate às fake news como justificativa para implementar mecanismos de controle e censura é um truque antigo. Se o governo pode decidir o que é "verdadeiro" e o que é "falso", ele adquire um poder imenso sobre a narrativa pública, silenciando vozes discordantes e moldando a percepção da realidade conforme seus próprios interesses.
O perigo reside justamente nisso: no momento em que o Estado assume o papel de árbitro da verdade, a liberdade de expressão é diretamente atacada. E quando a liberdade de expressão é tolhida, o caminho para a opressão e a manipulação fica pavimentado.
Um Apelo à Vigilância
Portanto, não se iluda. Quando você ouvir discursos inflamados sobre a necessidade de "regular" a internet para combater as notícias falsas, olhe além da superfície. Pergunte-se quem se beneficia com essa "regulação", e qual tipo de informação seria, de fato, o principal alvo. A preocupação genuína com a desinformação existe, é claro, mas a solução para ela não passa pela censura, e sim pelo incentivo ao pensamento crítico, à educação midiática e à pluralidade de vozes.
A liberdade na internet é um pilar fundamental da sociedade contemporânea. Defender essa liberdade significa defender o direito de acesso à informação, de expressar opiniões e de questionar o poder. Significa, acima de tudo, defender as verdades – especialmente as verdades que o governo não quer que você saiba.
O que você acha que aconteceria se a internet se tornasse um ambiente completamente controlado por governos?
Deus no Comando Sempre.
Teóphilo
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