A vida do policial militar paulista é, por si só, um desafio constante. Cotidianamente, esses profissionais enfrentam jornadas exaustivas, riscos inerentes à função, baixos salários e, muitas vezes, o descaso da própria sociedade que juraram proteger. Em meio a esse cenário complexo, as associações de classe surgem como uma esperança, um pilar de apoio e representatividade para a categoria. No entanto, a realidade frequentemente se mostra bem diferente.
É com uma dose de frustração que muitos policiais observam a inércia que parece tomar conta de diversas dessas associações. Criadas com o propósito de defender os interesses da tropa, lutar por melhores condições de trabalho e salariais, e oferecer suporte jurídico e social, não raro elas parecem atuar de forma reativa, e não proativa.
As queixas são variadas e recorrentes: reuniões pouco produtivas, pouca transparência na prestação de contas, ações judiciais que se arrastam sem resultados concretos e, o mais grave, uma aparente falta de engajamento na luta por pautas realmente urgentes e transformadoras. A impressão que fica é que, muitas vezes, as associações se limitam a cumprir um papel protocolar, perdendo a oportunidade de serem a voz potente que a Polícia Militar tanto necessita.
É fundamental que as associações de classe da Polícia Militar paulista reflitam sobre seu papel e sua atuação. É preciso ir além do assistencialismo básico e da burocracia. É necessário que se tornem verdadeiras frentes de luta por direitos, por valorização profissional e por um futuro mais digno para seus associados. A categoria anseia por uma representatividade atuante, que realmente faça a diferença na vida do policial militar. A inércia não é mais uma opção.
Força e Honra Com Deus no Comando Sempre.
Teóphilo.
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