terça-feira, 10 de junho de 2025

Q R X na Rede - Prioridade!

Q R X na Rede - Prioridade!

A desvalorização salarial tem lançado uma sombra pesada sobre a vida da grande maioria dos policiais militares do Estado de São Paulo, com um impacto particularmente devastador para os veteranos e pensionistas. Anos de reajustes insuficientes e a corrosão do poder de compra levaram esses dedicados profissionais a uma realidade de dificuldades financeiras prementes, culminando muitas vezes na inadimplência. Essa situação é paradoxal, pois se trata de indivíduos que dedicaram suas vidas à segurança da população e, no entanto, enfrentam sérios problemas para garantir o próprio sustento.

A Contradição da ALE e os Recursos Incabíveis

Nesse cenário de fragilidade financeira, um ponto de atrito constante é a ALE (Adicional de Local de Exercício). Muitos policiais contam com esse adicional para complementar seus rendimentos, e a sua liberação, muitas vezes condicionada ou contestada, agrava a incerteza. A questão que ressoa com indignação entre a categoria é: se o Poder Executivo do Estado de São Paulo alega não dispor de recursos para custear um salário condizente, por que não se condiciona na liberação da ALE e, ainda mais grave, por que persiste em apresentar recursos incabíveis em ações judiciais para protelar a sua efetivação?

Essa postura do Estado é vista por muitos como uma estratégia protelatória, que apenas estende o sofrimento financeiro dos policiais e pensionistas. A apresentação de recursos que, na prática, não têm sustentação legal ou que visam apenas adiar o cumprimento de decisões judiciais, demonstra uma falta de sensibilidade e respeito para com uma categoria que, por sua natureza, tem o dever de proteger e servir.

Um Apelo por Coerência e Justiça

A falta de um salário condizente e a morosidade na liberação de direitos, como a ALE, geram um ciclo vicioso de endividamento e angústia. É um contrassenso que o Estado, ao mesmo tempo em que reconhece a importância do trabalho policial, se mostre relutante em garantir a dignidade financeira desses profissionais.

A questão central reside na coerência entre o discurso e a prática. Se há um reconhecimento da importância da Polícia Militar para a segurança pública, é imperativo que esse reconhecimento se reflita em uma política salarial justa e em um respeito aos direitos adquiridos. A insistência em recursos incabíveis não apenas desgasta a relação entre o Estado e seus policiais, mas também mina a confiança na justiça e na efetividade das instituições.

É tempo de o Poder Executivo reavaliar suas prioridades e adotar uma postura mais empática e eficiente. A liberação desburocratizada da ALE e a suspensão de recursos protelatórios seriam passos importantes para aliviar o fardo financeiro de muitos policiais militares, veteranos e pensionistas, e demonstrar um compromisso real com o bem-estar daqueles que dedicam suas vidas à proteção da sociedade.

Força e Honra Com Deus no Comando Sempre. 

Teóphilo. 

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