terça-feira, 10 de junho de 2025

A Bandeira Dobrada.


O peso da notícia chega como um golpe silencioso, um aperto frio no peito. A formalidade da entrega, a solenidade do momento, emolduram uma dor que palavras lutam para expressar. Receber a bandeira dobrada é tocar a ausência, sentir a materialização de uma perda irreparável.

Cada dobra meticulosa, cada vinco preciso, conta uma história de serviço, de dedicação, de um juramento cumprido até o último instante. Nas cores que agora repousam em suas mãos, ecoam os ecos de um ideal, a bravura de um coração que não hesitou diante do perigo.

Mas a beleza simbólica do gesto não atenua a tristeza profunda que o acompanha. A bandeira dobrada não tremula mais ao vento, não adorna mais o ombro de quem partiu. Ela chega como um lembrete mudo, um testemunho visual do sacrifício derradeiro.

Ao segurá-la, sente-se o vazio deixado, a lacuna que jamais será preenchida. É o símbolo tangível de um herói que se foi, de um ente querido que não voltará. Nas dobras da bandeira, reside a saudade, a homenagem, a eterna gratidão por aquele que, em sua jornada, vestiu a farda com honra e coragem, e agora, retorna para casa envolto no símbolo máximo de sua pátria. O recebimento da bandeira dobrada é um rito de passagem doloroso, um adeus carregado de respeito e uma memória que o tempo jamais apagará.

Força e Honra Com Deus no Comando Sempre. 

Teóphilo.

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